Óleo Mineral Puro

 

Qual óleo é atualmente recomendado para ser utilizado na caixa de marchas do DKW?

Rogerio Matos:
Diante das dúvidas sobre o óleo a ser utilizado na caixa de câmbio de nossos DKWs, simplesmente consultei o manual do proprietário que diz o seguinte:

"Lubrificante para caixa de câmbio - utilizar o SAE 90 mineral puro. NUNCA USAR ÓLEOS HIPÓIDES OU EP (Extrema Pressão)".

Tal recomendação também aparece no manual do proprietário do Candango, o qual recomenda o mesmo procedimento para o diferencial traseiro e transmissão.

Zavataro:
Algum tempo atrás foi mencionada a dificuldade de se adquirir o óleo mineral puro, sem aditivos EP (Extrema Pressão), indicados pela Vemag para a caixa de mudanças dos nossos DKWs.

Ocorre que pesquisando os sites das principais companhias distribuidoras de combustível e óleos lubrificante, verifica-se que TODOS os óleos de câmbio comercializados atualmente possuem o aditivo EP, ou seja, não são óleos mineral puro.

Como já foi explicado, esse aditivo é um inconveniente para os nossos câmbios, pois tendem a provocar arranhamento na troca de marcha, por isso deve-se usar o indicado pela Vemag, óleo mineral puro.

Froes:

É quase impossível achar esse óleo. Todos os que há no mercado contém aditivo EP, que prejudica os sincronizadores. Eu uso já a um bom tempo o óleo Ursa (Texaco) ou MD 400 (Petrobras) 40 monoviscoso. Ah - você vai dizer - o óleo de caixa é 90 e esse é 40, muito menos!

Não!

Apenas por uma questão de nomenclatura, um óleo 40 de motor equivale, em viscosidade, a um óleo 80 de caixa. Informações sobre isso constam no site dos fabricantes de óleo e acho que até na embalagem do mesmo.


Roesner:
Pode usar sem medo óleo de motor monoviscoso SAE40 (que equivale a 80 para câmbio) ou SAE50 (que equivale a 100 para câmbio). Temos vários carros aqui utilizando este
recurso, e até houve um caso recente, em que a roda livre escapava com freqüência, depois da troca, praticamente desapareceu o problema e as trocas de marchas ficaram até
melhores.

Maurício:

Quem vive nas regiões de fronteira no sul do Brasil ou viaja com frequencia para o Uruguai tem disponível o lubrificante mineral puro (sem aditivos EP) da empresa uruguaia ANCAP - Administración Nacional de Combustibles Alcoholy Pórtland.



A ANCAP comercializa em sua rede de distribuição o "Lubricambio DC", classificação API GL-1 SAE 90.


www.ancap.com.uy/1655/1/lubricambio-dc.html

 
ATENÇÃO: Não é recomendável o uso do aditivo Molykote nas caixas de cambio DKW
 
Jorge Luiz:
Usar Molykote no óleo da caixa não é recomendável pois o mesmo possui bissulfeto de molibdênio. É o enxofre dos óleos extrema pressão EP que estraga os componentes de latão da caixa de mudanças DKW. Diferencial do DKW não é hipóide, ou seja, não há off set entre a linha de centro do eixo do pinhão e o diâmetro da coroa. Portanto, não existe alto
deslizamento entre os dentes que demandariam um óleo extrema pressão.

O óleo extrema pressão tem aditivos a base de enxofre que atacam as peças de latão da caixa de mudanças. No DKW, temos os sincronizadores e os porta-molas da roda-livre que
são de latão.

Deve-se usar óleo mineral puro ou isento de enxofre. MOLYKOTE tem bissulfeto de molibdênio que é um composto de enxofre.


No grupo de discussão "toyoteiros" na Internet, o engenheiro Rogério Fior explica como o bissulfeto de molibdênio atua sobre os sincronizadores:
 
Molicote é um aditivo sólido feito com partículas de molibdênio que altera as propriedades e viscosidade do óleo . Como o bissulfeto de molibdênio é um excelente lubrificante de escorregamento, este em contato com alguns óleos de linha hipoidal (óleos de diferencial SAE 90 ou SAE 120) produz excelentes propriedades p/ lubrificação de engrenagens sob
ação de pressão extrema assim como luvas de esforço (cruzetas e homocinéticas). É super recomendado p/ usos em diferenciais simples sem bloqueios por escorregamento (bloqueio permanente) assim como misturado em graxas p/lubrificação de cruzetas e árvore de transmissão (cardã).

Molicote não é indicado de maneira alguma p/ caixas de câmbio que utilizem anéis sincronizadores (sincronizados) pois altera a viscosidade do óleo. O problema é que o bissulfeto de
molibdênio é um "sólido" e com o tempo a degradação do próprio produto vai formando um filme (borra) cada vez maior e com maior rigidez (maior calibre). No caso dos dentes das
engrenagens isso não tem problema pois a folga que eles tem toleram bem este espessamento. O problema maior é que dentro da caixa existe os anéis sincronizadores que funcionam por deslizamento e possuem folgas extremamente pequenas. Quando estas folgas necessárias p/o bom funcionamento do conjunto são "encerradas" a capacidade de acoplamento no tempo correto da engrenagem ao conjunto é prejudicada e a caixa começa a desengatar marcha; na mudança "arranha" e com o tempo acaba por prejudicar o conjunto em função do desgaste prematuro das engrenagens.
 
No tempo das "caixas secas" Molicote fazia milagres pois tirava roncos e fazia o mesmo durar muito mais, pois não havia estes sincronizadores. Note que p/ a caixa funcionar corretamente a viscosidade do óleo é levada em consideração p/ o correto deslizamento destes anéis...

Por sugestão recomenda-se utilizar Militec no motor (principalmente por causa da turbina), nas caixas (câmbio e reduzida), nos diferenciais (os 2) e pode-se misturar com graxa a
base de sabão de lítio p/ lubrificar as cruzetas e a árvore de transmissão.

NÃO se pode utilizar Molicote nem no motor nem nas caixas de câmbio pelas razões apresentadas acima.
 
Militec não é a mesma coisa que Molicote.

Militec é um complemento utilizado junto ao óleo já que ele não altera as propriedades do óleo lubrificante e sim produz um filme que reveste e elimina a rugosidade do material metálico (superfícies das engrenagens, cilindros, anéis, enfim qualquer peça metálica que seja envolvida por ele).

Quando eu falo de Militec (ACM 100R aqui nos EUA) é porque é um dos produtos disponíveis no mercado p/ o consumidor comum que atua como um excelente condicionador de
metais e não influencia nas propriedades do óleo utilizado. Apenas utiliza o óleo como meio de transporte até o ponto de contato, reduzindo o rugosidade do metal e
conseqüentemente seu atrito e temperatura no ponto, reduzindo assim o desgaste da peça.

Militec e Molicote podem atuar juntas sem problemas nos diferenciais, nos rolamentos, cruzetas e árvore de transmissão (graxa) e na redução do guincho mecânico sem problemas.

O importante é vc utilizar seu óleo de confiança e seguir a recomendação do fabricante do automóvel. Lembre sempre que Militec é um condicionador de metais e não aditivo, e Molicote é um aditivo que altera as propriedades do óleo (viscosidade).
 
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Alerta do Site: Cuidado onde comprar o produto, pois tem muito Militec falsificado no mercado brasileiro.
 
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Militec em motores DKW
 
Silvio:
Se o Militec chega ao ponto de isolar vela de ignição, imagina o poder de revestir o motor por dentro e prolongar a vida útil de todos os componentes!
Militec não tem esse poder todo, infelizmente, mas é de fato um "divisor de águas". Vou passar algumas de minhas experiências com Militec.
Meu irmão comprou um Gol com motor muito preparado, mais de 300 CV na roda. Quando ligava de manhã, levava no relógio cerca de 30 segundos para parar a bateção interna, parecia uma escola de samba e dava a impressão que uma biela poderia sair voando pelo bloco a qualquer momento, por conta das folgas excessivas necessárias para motor de arrancada. Óleo trocado e adicionado Militec, novamente cronometrado o tempo da bateção enquanto frio: dos 30 segundos baixou para 8 segundos!
Tenho um Audi com 230 cavalos na roda que resiste, bravamente, um monte de paulada há mais de cinco anos e até hoje o motor trabalha muito bem, sempre com Militec. Ano passado comprei uma Ranger V6, cujo motor tinha uma batida que não conseguimos identificar. Óleo trocado e adicionado Militec, o barulho desapareceu.
Isso no mínimo prova que mal ele não faz, de acordo?
Em campeonatos de arrancada você encontra frascos de Militec vazios esparramados por todos os cantos, até no banheiro você acha frasco de Militec.
Uso Militec em todos os meus carros, inclusive nos meus DKWs. Sou fã incondicional porque sei e vi com meus próprios olhos o poder que ele tem.
Resumindo, gosto tanto de Militec que, se pudesse, eu até bebia!
Certos comentaristas podem não gostar, mas é inquestionável que vários expoentes da preparação de motores de competição usam Militec.
 

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